Primeiro fim de semana do verão deve ser de temporais; veja o que esperar da nova estação

Nova área de baixa pressão formada no Sul deve levar chuva para boa parte do país. Estação deve ser marcada por chuvas acima da média.

O verão, estação mais quente do ano, se estendeu até as 6h02 do dia 20 de março e, este ano, não deve ser marcada por grandes ondas de calor.

O primeiro fim de semana do verão deve ser de temporais em boa parte do país – cenário que deve se repetir ao longo de toda a próxima estação.

⛱️A última estação do ano começou às 6h20, horário de Brasília, deste sábado (21) e deve ter chuvas acima da média e um calor mais próximo da normalidade

Já no primeiro dia do verão a expectativa é de chuvas fortes em boa parte do Sudeste e Centro-Oeste, além de parte do Sul do país.

Segundo a Climatempo as seguintes regiões devem registrar os maiores volumes de chuva:

  • norte do Paraná
  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Minas Gerais
  • sul de Goiás
  • sul de Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul

🟠O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sinaliza que boa parte dessas áreas podem ter até 100 milímetros de chuva, com ventos de até 100 km/h.

Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que uma área de baixa pressão que se formou nesta sexta-feira (20) na costa do Rio Grande do Sul vai dar origem à uma frente fria que chega ao Sudeste neste sábado.

No Norte, o destaque fica para as chuvas no Amazonas. Apesar de a chuva ter sido frequente na região, as pancadas têm sido mais pontuais. No fim de semana, os temporais devem ser mais generalizados.

No domingo, a chuva perde força no centro-sul. A frente fria avança e as áreas de instabilidade devem se concentrar no norte do Rio do Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Goiás e Distrito Federal também podem ser atingidos.

As temperaturas devem ficar mais amena no domingo, apesar da chuva perder força, principalmente no Sudeste.

De maneira geral, a Climatempo destaca que as principais tendências para a estação neste ano são:

  • Formação frequente de corredores de umidade entre o Norte, Centro-Oeste e Sudeste, contribuindo para a instabilidade no clima — há possibilidade da formação de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ao longo do verão.
  • Chuvas volumosas, que podem ficar acima da média, em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste.
  • Temperaturas acima da média no Sul e em parte da região Norte, com alguns dias com calor acima do normal. Alta nebulosidade e chuva frequente, o que deve impedir a formação de ondas de calor de grande abrangência sobre o país.Com a previsão de um verão com chuvas acima da média em boa parte do país, dois sistemas comuns dessa época do ano vão contribuir para os grandes volumes de chuva:
  • Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) – se caracteriza por uma extensa faixa de nuvens que normalmente vai do Norte ao Sudeste. O sistema é responsável por manter o tempo instável nessas regiões, gerando acumulados consideráveis de chuva.
  • Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – é um encontro de ventos na região do Equador. É dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva nas regiões Norte e Nordeste durante o verão e o outono, segundo o Inmet.
  • 🌧️Grande parte do Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas do Norte e do Nordeste devem ter chuva volumosa e frequente ao longo de toda a estação. As exceções ficam para o Sul e parte do Norte do país. No Sul, o verão será de chuvas irregulares e espaçadas, com predomínio de tempo seco. Já no Norte, a tendência é uma estação um pouco mais seca do que o normal.
  • A tendência de um verão com mais nebulosidade e chuva também deve fazer com que o calor fique mais próximo da média em boa parte do país.
  • Isso também deve evitar longos períodos de calor intenso no Centro-Oeste e Sudeste, como aconteceu nos últimos verões. De acordo com a Climatempo, não há expectativa de ondas de calor de grande abrangência no Brasil nos próximos meses. A região Sul é praticamente a única que tem a possibilidade de registrar algumas ondas de calor localizadas no verão, com uma sequência mais extensa de marcas acima do normal.

Fonte: Por Júlia Carvalho, g1

Foto: Gustavo Arakaki

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